terça-feira, 10 de junho de 2014

TECNOLOGIA - Exoesqueleto Brasileiro e o Projeto Andar de Novo

O cientista brasileiro Miguel Nicolelis, que promete colocar uma pessoa para voltar a andar na abertura da Copa do Mundo, usou um exoesqueleto para cumprir a meta. E foi duro.
O Projeto visa fazer com que pessoas com paralisia possam movimentar os membros inferiores. A primeira demonstração do exoesqueleto deve ser feita no jogo de abertura da Copa do Mundo, em 12 de junho, com um paciente paraplégico dando o pontapé inicial da partida entre Brasil e Croácia.
Uma das inovações do projeto de Nicolelis é que ele emprega uma interface cérebro-máquina direta para comando do exoesqueleto. Em vez de manusear um joystick ou outro tipo de controle mecânico, o deficiente físico poderá controlar seus passos com o pensamento.
Desenvolvido por um consórcio internacional, liderado no Brasil pelo IINN-ELS (Instituto Internacional de Neurociências de Natal – Edmond e Lily Safra) e contando com a parceria da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), o Projeto Andar de Novo visa fazer com que pessoas com paralisia possam movimentar os membros inferiores usando um exoesqueleto comandado por atividade cerebral. O brasileiro lidera um grupo de pesquisadores na Universidade Duke, na Carolina do Norte, Estados Unidos. É também fundador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, no Rio Grande do Norte. Depois de ter elaborado e construído a estrutura robótica, ele ensinou oito paraplégicos, com idades entre 20 e 40 anos, a operar o exoesqueleto. Apenas um deles deve participar da cerimônia. O treinamento é parte fundamental do processo porque não basta colocar o exoesqueleto e voltar a andar. É preciso que o cérebro entenda que esse esqueleto externo, na tradução literal, precisa se tornar parte do corpo dos pacientes.
Os pacientes usarão uma touca sobre a cabeça. Ela terá 32 eletrodos instalados sobre o couro cabeludo e funcionará com uma tecnologia chamada eletroencefalogrofia (EEG), que permite ler sinais do cérebro sem precisar colocar sensores dentro do crânio. Ela vai ler os comandos enviados pela mente do paciente e enviar para um computador disposto nas costas do exoesqueleto.
Em seguida, o computador vai traduzir esses sinais em ordens executadas pelo robô. Quando a pessoa mandar o robô andar, ele anda. Tudo é feito com a força do pensamento, lido pela touca, decifrado pelo computador e executado pelos membros mecânicos. Tudo isso já foi testado antes de partidas do Campeonato Paulista deste ano, para checar possíveis interferências de antenas de TV e celulares.
O toque de mestre está nos sensores colocados nos pés da pessoa, como se fossem uma pele artificial. Após o acidente, elas nunca mais sentiram o chão embaixo delas. Com esses sensores, elas voltarão a sentir. Os sensores captam peso, pressão, velocidade e temperatura da pisada e enviam o sinal para eletrodos no braço do paciente. Todo esse conjunto pesa apenas 70 quilos e é movido por uma bateria que dura até duas horas.

Fonte:
http://www.revistahospitaisbrasil.com.br/multimidia/neurocientista-miguel-nicolelis-divulga-imagens-do-projeto-andar-de-novo/. Acessado em 10/06/2014.
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