O cientista brasileiro Miguel
Nicolelis, que promete colocar uma pessoa para voltar a andar na abertura da Copa do
Mundo, usou um exoesqueleto para cumprir a meta. E foi duro.
O Projeto visa fazer com que pessoas com paralisia
possam movimentar os membros inferiores. A primeira demonstração do
exoesqueleto deve ser feita no jogo de abertura da Copa do Mundo, em 12 de
junho, com um paciente paraplégico dando o pontapé inicial da partida entre
Brasil e Croácia.
Uma das inovações do projeto
de Nicolelis é que ele emprega uma interface cérebro-máquina direta para
comando do exoesqueleto. Em vez de manusear um joystick ou outro tipo de controle mecânico, o
deficiente físico poderá controlar seus passos com o pensamento.
Desenvolvido por um consórcio
internacional, liderado no Brasil pelo IINN-ELS (Instituto Internacional de
Neurociências de Natal – Edmond e Lily Safra) e contando com a parceria da AACD
(Associação de Assistência à Criança Deficiente), o Projeto Andar de Novo visa
fazer com que pessoas com paralisia possam movimentar os membros inferiores
usando um exoesqueleto comandado por atividade cerebral. O brasileiro lidera um
grupo de pesquisadores na Universidade Duke, na Carolina do Norte, Estados
Unidos. É também fundador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal,
no Rio Grande do Norte. Depois de ter elaborado e construído a estrutura
robótica, ele ensinou oito paraplégicos, com idades entre 20 e 40 anos, a
operar o exoesqueleto. Apenas um deles deve participar da cerimônia. O
treinamento é parte fundamental do processo porque não basta colocar o
exoesqueleto e voltar a andar. É preciso que o cérebro entenda que esse
esqueleto externo, na tradução literal, precisa se tornar parte do corpo dos
pacientes.
Os pacientes usarão uma touca sobre a cabeça. Ela
terá 32 eletrodos instalados sobre o couro cabeludo e funcionará com uma
tecnologia chamada eletroencefalogrofia (EEG), que permite ler sinais do
cérebro sem precisar colocar sensores dentro do crânio. Ela vai ler os comandos
enviados pela mente do paciente e enviar para um computador disposto nas costas
do exoesqueleto.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgphq2peN5SiJq2HOwepZVWppqZtHWPQf6CIKT7kFgfSr0YqwUGCVV-gSMCE2yMAiMbTh1JtWv5wOp0961ho6pcekNR_ana2_cHX4twXZyei0cVswGRFyf-l53svdK0gkxBM7IR1nTt1HU/s1600/exoesqueleto.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgphq2peN5SiJq2HOwepZVWppqZtHWPQf6CIKT7kFgfSr0YqwUGCVV-gSMCE2yMAiMbTh1JtWv5wOp0961ho6pcekNR_ana2_cHX4twXZyei0cVswGRFyf-l53svdK0gkxBM7IR1nTt1HU/s1600/exoesqueleto.jpg)
Em seguida, o computador vai traduzir esses sinais em
ordens executadas pelo robô. Quando a pessoa mandar o robô andar, ele anda.
Tudo é feito com a força do pensamento, lido pela touca, decifrado pelo
computador e executado pelos membros mecânicos. Tudo isso já foi testado antes
de partidas do Campeonato Paulista deste ano, para checar possíveis
interferências de antenas de TV e celulares.
O toque de mestre está nos sensores colocados nos pés
da pessoa, como se fossem uma pele artificial. Após o acidente, elas nunca mais
sentiram o chão embaixo delas. Com esses sensores, elas voltarão a sentir. Os
sensores captam peso, pressão, velocidade e temperatura da pisada e enviam o
sinal para eletrodos no braço do paciente. Todo esse conjunto pesa apenas 70 quilos
e é movido por uma bateria que dura até duas horas.
Fonte:
http://gizmodo.uol.com.br/como-funciona-o-exoesqueleto-criado-pelo-neurocientista-miguel-nicolelis/.
Acessado
em 10/06/2014.
http://www.revistahospitaisbrasil.com.br/multimidia/neurocientista-miguel-nicolelis-divulga-imagens-do-projeto-andar-de-novo/.
Acessado
em 10/06/2014.
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